quarta-feira, 6 de junho de 2007

Rir "com"

Ela tossia desalmadamente...

Mas como não queria parar de falar, continuava e as palavras saíam com "fífias", duma maneira tão caricata, que era impossível ficar sério e assim só provocou umas boas gargalhadas a quem a ouvia...

Era impossível ela zangar-se porque não se estavam a rir de, estavam-se a rir com!

E era/é o com que marca a diferença.
O com que é de comunhão, que é de comum - união!

Vale a pena perguntar com que atitude nos relacionamos uns com os outros.
Que intencionalidade marca o nossos gestos, mesmo os mais pequenos, as nossas palavras, os nossos olhares?

Os gestos - São gestos que afastam, ou são gestos de comunhão, de comum-união?
As palavras - São palavras que ferem, ou palavras que "curam"?
E os olhares - São olhares que medem, julgam, avaliam, ou olhares que acolhem, olhares calorosos, onde me sinto em casa

Interessa que o meu eu, conte com o teu tu, mas para com ele eu possa, saiba, queira consruir comunhão

1 comentário:

Anónimo disse...

É impossivel fazer a separação de "eu com o tu". Se pretendemos e desejamos viver uma vida saudável, uma vida simples, digna "de um bom cristão", esta-lhe inerente a comunhão, a união, a partilha, o carinho, sei lá a nossa vida só tem sentido quando se estravasa de nós mesmos em função de algo, de alguém, em última estância de Deus.