sábado, 19 de maio de 2007

"atiçar da chama"

Imaginem-se numa noite de inverno - o que nesta época do ano, parece uma ideia "peregrina"! - vá lá, tentem lá, não sejam "desmancha-prazeres"!

Noite de inverno e a lareira acesa, com aquele quentinho bom, que "aquece" a alma.
O calor envolve-nos, a paz entra de mansinho, enquanto o nosso olhar é atraído e pousa, irresistivelmente, na chama que baila - sempre diferente, sempre igual - alegre, viva, convidativa.
O tempo vai passando...
A chama já não é tão viva e, por instantes, até parece, que vai "morrer". Ainda salta, em derradeiros lampejos e "resistência" cada vez maior, mas acabará por desaparecer, de vez, se...
...se eu não atiçar a chama!
Se eu quiser que o fogo se não apague, eu tenho de "atiçar a chama"
Se eu quiser... Quando eu quiser... Sempre que eu quiser!

Claro que para isso... eu tenho de me levantar do meu assento; ajoelhar-me; curvar-me sobre o fogo que eu quero que se não apague e atiçar a chama! Eu tenho de me "mexer"e de lhe mexer; tenho de "recuperar" o fogo que lá está, escondido, debaixo das cinzas, e "ganhar", de novo, o calor que se estava a perder...

E se a pereginação fosse - como é - essa lareira acesa na/da minha vida?
Se ela fosse - como é - esse fogo que aquece a alma?

Que faço? Que devo fazer para atiçar a chama e "recuperar" o fogo, para que se não apague?

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