terça-feira, 26 de junho de 2007

experimentem!

Quando eu era pequenina, como todas as crianças, "adorava" histórias! (devo confessar que ainda gosto...)

Mas as que mais me fascinavam eram aquelas em que bastavam dizer umas palavras mágicas e logo as portas se abriam, as pedras rolavam, os "génios" apareciam prontos a servir os desejos mais insólitos, tipo "entrega ao domicílio" da imaginação mais exigente.
Só que....
Depressa entendi que aquilo só funcionava nas histórias e por mais que a minha imaginação delirante criasse palavras mágicas as "portas" que eu queria abrir, ficavam fechadas!
Depressa( e ainda bem) entendi que em vez de perder tempo à espera, parada, que, por magia, acontecesse aquilo que eu desejava, eu tinha era de pôr o pé na estrada da minha vida e trabalhar para aquilo que era o meu desejo mais profundo
E quando as forças falham?
E quando na "peregrinação" que é a nossa vida eu caio, esgotada, não tanto pelas dificuldades, mas "triste" comigo por cair nas mesmas coisas:
"tropeçar" na mesma pedra... "hesitar" na mesma encruzilhada... "escorregar" na mesma descida ?

Eu já não queria palavras mágicas, em que não acreditava, mas queria, isso sim, uma palavra de ordem, para que eu fosse capaz, não de abrir portas, mas de me abrir por dentro... Palavra dita com doçura... Com a doçura de Alguém que me ama e que confia em mim, mais do que eu própria, que me diz: Levanta-te! Podes! És capaz! Sou Eu que te digo!

Em muitos momentos do Evangelho, o Senhor diz: " Levanta-te!"
Sou eu que tenho de me levantar, mas posso, porque Ele está ali.

Entendi, finalmente, que não há magia, mas que o Amor que me é dado e que acolho com confiança, faz milagres!

Levanta-te! Eu estou contigo

sábado, 16 de junho de 2007

a lição do ananás

Continental e "urbana", olhava, com assombro, as estufas, ou melhor a sequência das estufas:
Em cada estufa se processava uma fase da cultura do ananás.

Tentei ouvir atentamente as explicações, que me iam sendo dadas e ia "visitando" as diversas estufas...
Para todas as fases era necessário: técnica, trabalho aturado, atenção à luz, à temperatura e...
tempo: um ananás leva dois anos a formar-se.
Dois anos!

Dois anos de dedicação, dois anos de atenção, dois anos de espera...
Tempo para plantar, tempo para cuidar, tratar, alimentar e... esperar
Tempo para "plantar" com cuidado e carinho e saber esperar

Quase sem dar por isso, pensei na minha maneira de "estar"na vida, naquilo que quero "apanhar" sem "cultivar" com dedicação, carinho e paciência; naquilo que "planto" e quero ver os resultados imediatos; na minha dificuldade de saber esperar

Obrigada, Senhor, pela lição do ananás!

quarta-feira, 6 de junho de 2007

"viver como bom cristão"

"Viver como bom cristão"
Li esta expressão e fiquei a pensar...

Para já, infelizmente, não sou! ( será que posso dizer: ainda não? )...

Mas, continuei e pensar, e vou arriscar:

"viver como bom cristão" é amar (os outros ) como se é amado ( por Deus) !

Rir "com"

Ela tossia desalmadamente...

Mas como não queria parar de falar, continuava e as palavras saíam com "fífias", duma maneira tão caricata, que era impossível ficar sério e assim só provocou umas boas gargalhadas a quem a ouvia...

Era impossível ela zangar-se porque não se estavam a rir de, estavam-se a rir com!

E era/é o com que marca a diferença.
O com que é de comunhão, que é de comum - união!

Vale a pena perguntar com que atitude nos relacionamos uns com os outros.
Que intencionalidade marca o nossos gestos, mesmo os mais pequenos, as nossas palavras, os nossos olhares?

Os gestos - São gestos que afastam, ou são gestos de comunhão, de comum-união?
As palavras - São palavras que ferem, ou palavras que "curam"?
E os olhares - São olhares que medem, julgam, avaliam, ou olhares que acolhem, olhares calorosos, onde me sinto em casa

Interessa que o meu eu, conte com o teu tu, mas para com ele eu possa, saiba, queira consruir comunhão