sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

40.000 jovens em peregrinação a Zagreb

De 28 de Dezembro a 1 de Janeiro cerca de 40.000 jovens irão reunir-se em Zagreb para participar no XXIX Encontro Europeu de Jovens, animado pela comunidade de Taizé.

O irmão Alois, sucessor do irmão Roger, deu à Agência Zenit, uma entrevista.

No decorrer dessa entrevista fala-se na Carta de Calcutá que será entregue aos jovens no decorrer desse encontro em Zagreb e o irmão Alois diz que nessa Carta" lança um apelo:
"não vos deixeis levar pelo desânimo, hoje"Muitos jovens se perguntam qual será o seu futuro pessoal, assim como o futuro da nossa sociedade, inclusive para a Igreja. É verdade, se formos realistas, que não sabemos para onde temos de ir. Então, não nos podemos deixar levar pelo desânimo, mas escolher o amor e a esperança"

"Escolher o amor e a esperança", mesmo quando não há muitas certezas àcerca do rumo a tomar é viver o despojamento e a (aparente!) fragilidade de peregrino!

pé na estrada/pé na vida

Pé na estrada é também "caminhar/peregrinar" na vida de todos os dias.

Na rotina, no stress, ao lado daqueles que "caminham" em sentidos diferentes, com sentidos diferentes... É aí também que se pode/deve viver com "alma de peregrino"...

Ter "alma de peregrino" na vida do dia a dia é, mais uma vez, com "pobreza interior", conseguir conciliar: o respeito e a aceitação da diferença, com o testemunho e o anúncio daquilo que, a nós, nos faz "peregrinar"

quinta-feira, 28 de dezembro de 2006

"alma de peregrino" (cont. )

Mas afinal o que é que ter "alma de peregrino"?

É saber que, se é chamado a caminhar; é saber que, é mais importante caminhar do que chegar; é saber que na "mochila" do nosso caminho, se tem de levar só o essencial e temos de descobrir qual é esse essencial; é ir pobre, interiormente, para nos podermos encher com as descobertas, os dons, as oportunidades, as graças, as lições, os espantos, os outros que connosco caminham.

Ter "alma de peregrino" é aceitar o imprevisto e agradecer. É ir despojado e frágil. Frágil mas forte! Forte da fortaleza que lhe vem de saber que não vai só!

E essa "alma de peregrino"acompanha-nos sempre: se/quando peregrinamos, mas também na nossa casa, na nossa vida de família, no trabalho, em todos os momentos da nossa vida!

alma de peregrino

Ter "alma de peregrino"? O que é isso?

Será que se pode peregrinar, ou melhor, será que se pode ir em peregrinação, sem ter "alma de peregrino"?
Por outro lado, será que se pode ter"alma de peregrino"sem nunca ter caminhado?


Conheço alguém que não pode caminhar e vai tentando, com todas as suas forças, ter "alma de peregrino"!

Impossibilitada de caminhar, fica, , na beira da estrada, olhando os que caminham...
Não se cansa, não faz bolhas nos pés, não lhe doem as articulações, não sente os músculos doridos até mais não, não tem momentos em que as forças ( físicas!) parece terem chegado ao limite... Não faz alergia ao alcatrão, não vence subidas bem íngremes, não tem êxitos ou fracassos para partilhar, não se deita, ao fim do dia, sabendo que há Alguém que lhe deu as forças que lhe pareciam faltar! Não fala com aquele que caminha à sua frente, não reza ou canta com aqueles que caminham ao seu lado...

Não caminha, mas quando todos chegam ao fim, ela abraça, com força, aqueles e aquelas, que caminharam, que tiveram dores, bolhas, que se sentiram no limite, que partilharam subidas e rectas, que pareciam não ter fim...

Ela oferece a sua impossibilidade, pois é a sua forma de caminhar.
Fica contente com os êxitos, tenta "estar próxima" dos fracasso

De vez em quando, acontece-lhe uma coisa bem feia..,
Sente inveja, e não é pouca! Então, nesses momentos...
Reza, sozinha, na beira da estrada e pede:
"Senhor, dá-me alma de peregrino!"

quarta-feira, 27 de dezembro de 2006

"andar" parado

Dizer que a vida é "caminho", não significa que se tenha de estar sempre em movimento!

"Fazer"caminho é também ver quanto é saudável, parar!
Parar, para ganhar de novo forças; parar, para olhar para trás e avaliar; olhar para a frente para ver o caminho a percorrer; olhar para o lado, atento a quem caminha comigo;parar para quebrar com a rotina que me escraviza e me impede de ver, muitas vezes o essencial!

Parar para contemplar e poder saborear!

Posso parar, porque decido; tenho de parar, porque as circunstâncias da vida me levam a isso... Quando isso acontece, como reajo?

parámos para pensar nisso?

terça-feira, 26 de dezembro de 2006